Desenvolvendo uma equipe de louvor
por Andy Park
O texto a seguir é um resumo de um outro artigo maior escrito por Andy Park, intitulado: “A equipe de Louvor: Três Paradigmas.” Onde ele explica formas de se desenvolver uma equipe de louvor.
A IMPORTÂNCIA E PODER DA MÚSICA
Antes de decolarmos esta breve discussão sobre os diferentes elementos de uma equipe de louvor, e como desenvolvermos uma banda com qualidades, eu creio que é importante nos lembrarmos da importância e poder contidos na música.
Uma das razões porque devemos levar a sério nossa música, é que o mundo leva a sua música muito a sério. Estamos rodeados por música de excelente qualidade. Todo lugar onde vamos, ouvimos músicas feitas por profissionais, seja em um restaurante, um elevador, em nosso carro ou sala de televisão. Nós crescemos aprendendo a apreciar uma música bem tocada, e nós tocamos para pessoas que sabem reconhecer uma boa música quando a escutam.
Existe poder na música. Algumas canções têm a capacidade de quase nos transportar para uma realidade diferente, mesmo não sendo uma música Cristã. Porque todos nós temos a capacidade de nos lembrarmos, palavra por palavra, da letra de uma música que ouvimos a vários anos? Quando você acrescenta uma letra Cristã e o Espírito Santo a uma melodia, você está criando um poderoso pacote.
A música pode impactar as pessoas poderosamente, então temos que extrair o máximo disso. Talvez seja por isso que o salmista escreveu: “entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (Salmos 33:3 RA) e por isso, talvez Davi recrutou três líderes e uma equipe de louvor de 288 pessoas, e todos eram “instruídos no canto do SENHOR, todos eles mestres” (I CR 25:1-7). Davi entendeu o poder da música de adoração, quando tocada e cantada com arte.
Pense sobre isto na próxima vez que estiver ensaiando. Como você faria a preparação se fosse para apresentar-se diante do presidente, ou primeiro ministro, ou o rei de uma nação? Certamente você praticaria muito, porque gostaria de que tudo desse certo.
Muito bem, nós preparamos uma recepção para o Rei dos Reis pelo menos uma vez por semana. Nós lideramos reuniões que deveriam trazer honra para Ele e crescimento do Seu Reino em nossas vidas e em nossa comunidade. Nós oferecemos a Ele o melhor de tudo o que temos, incluindo nossa música. A qualidade de nossa música é uma declaração de que: “ Adorar a Deus é importante para nós e por isso vamos trabalhar duro e nos dedicarmos para soar o melhor possível.” Agora vamos voltar ao nosso assunto inicial, estabelecermos uma equipe de louvor de qualidade.
COMEÇANDO DO ZERO
Ninguém nunca me ensinou como liderar o louvor. Basicamente, eu não tinha a mínima idéia do que eu estava fazendo. Eu aprendi baseado em minha própria intuição e com o talento dos músicos que trabalhavam comigo, que me ajudaram a crescer em meu entendimento sobre como fazer arranjos. A necessidade de estar constantemente tentando e errando, transforma uma caminhada que já é lenta para ser percorrida, em algo ainda mais difícil. Gradualmente eu aprendi o básico do que cada instrumento deveria fazer, e uma linguagem correta que acompanha este processo. Através dos anos meus arranjos se tornaram um pouco melhores e mais limpos.
Por outro lado, teria sido ótimo receber algum tipo de treinamento, como os que são disponíveis hoje em dia. Mas eu também reconheço que aprendi fazendo. As vezes quando somos jogados no lado fundo da piscina, nos transformamos em grandes nadadores; certamente isto nos dá uma grande motivação para aprender!
Então não tenha medo de aprender fazendo, mesmo sabendo que os primeiros passos são lentos e assustadores. Você não vai chegar a lugar nenhum, a menos que dê um passo após o outro.
NÃO SINTA-SE INTIMIDADO
Poucos de nós seremos músicos profissionais de alto calibre. Enfrentamos um problema quando nos comparamos com aqueles que tem mais treinamento e habilidade. Resista a tentação de sentir-se desencorajado porque existe uma outra igreja na mesma rua que a sua, que tem uma ótima banda, e você não tem músicos com habilidade equivalente a deles. Seja feliz com o que Deus lhe deu, e com as pessoas que Ele colocou a seu redor no ministério da música. Deus concede dons e talentos de formas diferentes: “o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (I Co 12:7-11)
Nós não podemos mudar nosso passado nem o nível de dons que recebemos, mas se investimos bem todos os talentos que temos, Deus ficará feliz e certamente receberemos uma grande recompensa no céu. Então faça valer seu tempo de ensaio, e utilize-se da melhor forma dos recursos disponíveis a você.
Seja corajoso! Dê passos e assuma o risco, não seja guiado pelo medo de fracassar. Eu poderia encher livros com todos os erros que cometi. Mas uma coisa eu aprendi, que se nunca me aventuro em águas não mapeadas, eu não estou realmente confiando em Deus. Toque com todo seu coração e prepare-se para uma longa caminhada. Então você verá os frutos do seu trabalho.
NÃO DÊ DESCULPAS ESPIRITUAIS
Há alguns anos havia um “slogan” dos Computadores MacIntosh que dizia o seguinte: O fácil é difícil. O que o anúncio queria comunicar era que é difícil fazer algumas coisas complicadas parecerem fáceis. É o mesmo no que diz respeito a liderar a adoração. As pessoas vêem um Eddie Espinosa ou um Randy Butler e pensam: “Eu posso fazer isto também. Não parece ser difícil.” Eles não imaginam a realidade.
Outros pensam que um bom líder de louvor nunca ensaia, mas simplesmente “flui com o Espírito.” A verdade é: Não é difícil responder a direção do Espírito, se você está musicalmente preparado. É fácil sentir-se desencorajado quando a banda não sabe o acorde correto na música ou até mesmo a letra. Se meu trabalho fosse somente “fluir” na adoração, haveriam tantos erros que certamente a banda não conseguiria adorar de coração.
DÊ PEQUENOS PASSOS
Talvez para alguns, elevar a qualidade de seu grupo pode significar simplesmente que você vai fazer uma lista das músicas que serão tocadas, distribuir uma cópia para cada membro da banda, então todos saberão em que direção seguir. Para outros, pode significar que você vai precisar gravar sua banda tocando e observar o envolvimento de cada instrumento, e analisar os sons e padrões de ritmos. Para outros pode significar que os vocalistas devem fazer aulas de canto, ou deverão ter ensaios separados.
Um recurso muito útil, que lhe dará uma idéia básica sobre arranjos em um contexto de equipe de louvor, é o vídeo “Dinâmicas para Equipes de Louvor” com Randy e Terry Butler, que brevemente estará disponível no Brasil através do Vineyard Music Brasil.
AS DIFICULDADES DOS ENSAIOS
Para que um ensaio seja um tempo produtivo, os membros da banda devem ser pontuais e estarem prontos para trabalhar duro. Eles devem ser rápidos ao receberem instruções do líder, contribuírem com novas idéias e então tentarem novamente aquele arranjo até que todos estejam prontos. Este processo envolve muitas repetições de pequenas partes de cada música, até que todos sintam-se preparados.
Não se engane sobre este assunto, um bom ensaio significa trabalho duro. Requer que todos estejam intensamente focalizados nos objetivos e tenham um espírito de cooperação. Todos devem dedicar-se mais quando a coisa começa a dar errado. Também têm que ter paciência quando um dos membros não consegue pegar sua parte, e por isso os outros têm que repassar a mesma parte várias vezes. Isto tudo faz parte de sermos uma equipe.
AUDIÇÃO PARA NOVOS MÚSICOS
Antes de vir para a Vineyard de Anaheim, eu nunca havia organizado uma audição formal para incluir novos músicos ao ministério de louvor. As igrejas nas quais estive sempre eram pequenas o suficiente para que eu pudesse avaliar a habilidade dos músicos de maneira mais informal. Mas a Vineyard de Anaheim é tão grande que eu sabia que haviam músicos escondidos nos bancos. Por isso eu comece com as audições, para que músicos pudessem participar e preencher espaços vagos nas equipes.
No início eu relutei contra a idéia das audições, porque eu sabia que teria de dizer “não” a algumas pessoas. Mas sem as audições eu nunca teria descoberto quem eram os músicos, nem qual era o nível de habilidade deles.
Este pode ser algo delicado na vida de uma igreja, porque um de nossos valores é incluir a todos. Mas se vamos concentrar nossos melhores esforços em facilitar a adoração congregacional, significa que devemos usar os melhore músicos neste processo. (Habilidade musical não é o único critério na escolha dos músicos; um caráter trabalhado por Deus e compromisso com a visão da igreja também é muito importante.)
Uma banda de louvor é diferente de um coral no seguinte sentido: Em um coral há espaço para praticamente todas as pessoas que possam cantar razoavelmente bem. Em uma banda há poucas vagas disponíveis. Organizar bandas múltiplas inclui mais pessoas, porém alguns requisitos básicos de habilidade com o instrumento deveriam ser alcançados por todos. Este padrão pode ser diferente, dependendo do tamanho da igreja e da qualidade dos músicos disponíveis.
Quando acrescento novos membros a minha equipe, eu sempre faço com que eles passem por um período de teste. Meu primeiro passo normalmente é convidá-los para preencher a vaga de alguém que esteja viajando. (Isto pode até substituir o processo de audição). Se tenho quase certeza de que alguém tem o perfil para estar na equipe, eu não faço uma aceitação permanente. Eu explico que eu ou ele teremos a possibilidade de optar pela sua saída depois de três meses. A razão para um desligamento assim, seria incompatibilidade musical ou de personalidade, ou a impossibilidade de cumprir os compromissos da equipe (chegar na hora certa para os ensaios etc...).
O PROBLEMA QUANDO ENFATIZAMOS DEMAIS AS HABILIDADES MUSICAIS
O propósito de tocarmos com arte é elevar o nível da adoração de toda a igreja. Mas para alguns , o desenvolvimento de seus talentos musicais torna-se o alvo final, e não um meio que vai levar a um bem comum.
Eu já cometi o erro de colocar tanta energia no ensaio, que acabei ficando muito ansioso e cansado para estar sensível e poder entender a liderança do Espírito. Em uma ocasião, eu estava liderando o louvor em uma conferência de pastores. Eu ensaiei com a banda as músicas que havia escolhido até sentir que estávamos prontos para fazermos uma boa apresentação. Depois de tocarmos a primeira canção, um pensamento veio a minha mente: “Talvez você deveria fazer algo diferente do que foi planejado.”
Eu não dei atenção o suficiente para aquele pensamento, para entender se era Deus que estava falando comigo, porque eu estava determinado a usar aquelas canções que havíamos ensaiado! Naquele curto momento eu não consegui entender que Deus queria que eu abandonasse meus planos.
Agora eu realmente acredito que era Deus falando comigo, porque os pastores não estavam conseguindo se aprofundar na adoração. Eu creio que se tivesse mudado o curso das coisas, incluído as músicas mais antigas, eles teriam entrado na adoração mais facilmente.
CONCLUSÃO
A primeira e mais importante coisa é que somos líderes de louvor e não artistas. Se Deus estiver dizendo para virarmos à direita, onde tínhamos planejado virar à esquerda, deveríamos ser rápidos em responder suas ordens. Ele sabe muito melhor que nós quais são as melhores músicas para os diferentes momentos do culto.
Andy Park é o Diretor da Escola de adoração da Vineyard. Pastor de adoração e artes da Igreja Vineyard de Anaheim, e também serve como líder de louvor Sênior.
(Traduzido com permissão do V. M. Brasil por Antonio M. Souza Junior)
Vale dizer que Andy Park também é compositor de músicas famosas, como "In The Secret" (Te Busco), gravadas pela Vineyard Music e diversas bandas e cantores.
O texto a seguir é um resumo de um outro artigo maior escrito por Andy Park, intitulado: “A equipe de Louvor: Três Paradigmas.” Onde ele explica formas de se desenvolver uma equipe de louvor.
A IMPORTÂNCIA E PODER DA MÚSICA
Antes de decolarmos esta breve discussão sobre os diferentes elementos de uma equipe de louvor, e como desenvolvermos uma banda com qualidades, eu creio que é importante nos lembrarmos da importância e poder contidos na música.
Uma das razões porque devemos levar a sério nossa música, é que o mundo leva a sua música muito a sério. Estamos rodeados por música de excelente qualidade. Todo lugar onde vamos, ouvimos músicas feitas por profissionais, seja em um restaurante, um elevador, em nosso carro ou sala de televisão. Nós crescemos aprendendo a apreciar uma música bem tocada, e nós tocamos para pessoas que sabem reconhecer uma boa música quando a escutam.
Existe poder na música. Algumas canções têm a capacidade de quase nos transportar para uma realidade diferente, mesmo não sendo uma música Cristã. Porque todos nós temos a capacidade de nos lembrarmos, palavra por palavra, da letra de uma música que ouvimos a vários anos? Quando você acrescenta uma letra Cristã e o Espírito Santo a uma melodia, você está criando um poderoso pacote.
A música pode impactar as pessoas poderosamente, então temos que extrair o máximo disso. Talvez seja por isso que o salmista escreveu: “entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (Salmos 33:3 RA) e por isso, talvez Davi recrutou três líderes e uma equipe de louvor de 288 pessoas, e todos eram “instruídos no canto do SENHOR, todos eles mestres” (I CR 25:1-7). Davi entendeu o poder da música de adoração, quando tocada e cantada com arte.
Pense sobre isto na próxima vez que estiver ensaiando. Como você faria a preparação se fosse para apresentar-se diante do presidente, ou primeiro ministro, ou o rei de uma nação? Certamente você praticaria muito, porque gostaria de que tudo desse certo.
Muito bem, nós preparamos uma recepção para o Rei dos Reis pelo menos uma vez por semana. Nós lideramos reuniões que deveriam trazer honra para Ele e crescimento do Seu Reino em nossas vidas e em nossa comunidade. Nós oferecemos a Ele o melhor de tudo o que temos, incluindo nossa música. A qualidade de nossa música é uma declaração de que: “ Adorar a Deus é importante para nós e por isso vamos trabalhar duro e nos dedicarmos para soar o melhor possível.” Agora vamos voltar ao nosso assunto inicial, estabelecermos uma equipe de louvor de qualidade.
COMEÇANDO DO ZERO
Ninguém nunca me ensinou como liderar o louvor. Basicamente, eu não tinha a mínima idéia do que eu estava fazendo. Eu aprendi baseado em minha própria intuição e com o talento dos músicos que trabalhavam comigo, que me ajudaram a crescer em meu entendimento sobre como fazer arranjos. A necessidade de estar constantemente tentando e errando, transforma uma caminhada que já é lenta para ser percorrida, em algo ainda mais difícil. Gradualmente eu aprendi o básico do que cada instrumento deveria fazer, e uma linguagem correta que acompanha este processo. Através dos anos meus arranjos se tornaram um pouco melhores e mais limpos.
Por outro lado, teria sido ótimo receber algum tipo de treinamento, como os que são disponíveis hoje em dia. Mas eu também reconheço que aprendi fazendo. As vezes quando somos jogados no lado fundo da piscina, nos transformamos em grandes nadadores; certamente isto nos dá uma grande motivação para aprender!
Então não tenha medo de aprender fazendo, mesmo sabendo que os primeiros passos são lentos e assustadores. Você não vai chegar a lugar nenhum, a menos que dê um passo após o outro.
NÃO SINTA-SE INTIMIDADO
Poucos de nós seremos músicos profissionais de alto calibre. Enfrentamos um problema quando nos comparamos com aqueles que tem mais treinamento e habilidade. Resista a tentação de sentir-se desencorajado porque existe uma outra igreja na mesma rua que a sua, que tem uma ótima banda, e você não tem músicos com habilidade equivalente a deles. Seja feliz com o que Deus lhe deu, e com as pessoas que Ele colocou a seu redor no ministério da música. Deus concede dons e talentos de formas diferentes: “o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (I Co 12:7-11)
Nós não podemos mudar nosso passado nem o nível de dons que recebemos, mas se investimos bem todos os talentos que temos, Deus ficará feliz e certamente receberemos uma grande recompensa no céu. Então faça valer seu tempo de ensaio, e utilize-se da melhor forma dos recursos disponíveis a você.
Seja corajoso! Dê passos e assuma o risco, não seja guiado pelo medo de fracassar. Eu poderia encher livros com todos os erros que cometi. Mas uma coisa eu aprendi, que se nunca me aventuro em águas não mapeadas, eu não estou realmente confiando em Deus. Toque com todo seu coração e prepare-se para uma longa caminhada. Então você verá os frutos do seu trabalho.
NÃO DÊ DESCULPAS ESPIRITUAIS
Há alguns anos havia um “slogan” dos Computadores MacIntosh que dizia o seguinte: O fácil é difícil. O que o anúncio queria comunicar era que é difícil fazer algumas coisas complicadas parecerem fáceis. É o mesmo no que diz respeito a liderar a adoração. As pessoas vêem um Eddie Espinosa ou um Randy Butler e pensam: “Eu posso fazer isto também. Não parece ser difícil.” Eles não imaginam a realidade.
Outros pensam que um bom líder de louvor nunca ensaia, mas simplesmente “flui com o Espírito.” A verdade é: Não é difícil responder a direção do Espírito, se você está musicalmente preparado. É fácil sentir-se desencorajado quando a banda não sabe o acorde correto na música ou até mesmo a letra. Se meu trabalho fosse somente “fluir” na adoração, haveriam tantos erros que certamente a banda não conseguiria adorar de coração.
DÊ PEQUENOS PASSOS
Talvez para alguns, elevar a qualidade de seu grupo pode significar simplesmente que você vai fazer uma lista das músicas que serão tocadas, distribuir uma cópia para cada membro da banda, então todos saberão em que direção seguir. Para outros, pode significar que você vai precisar gravar sua banda tocando e observar o envolvimento de cada instrumento, e analisar os sons e padrões de ritmos. Para outros pode significar que os vocalistas devem fazer aulas de canto, ou deverão ter ensaios separados.
Um recurso muito útil, que lhe dará uma idéia básica sobre arranjos em um contexto de equipe de louvor, é o vídeo “Dinâmicas para Equipes de Louvor” com Randy e Terry Butler, que brevemente estará disponível no Brasil através do Vineyard Music Brasil.
AS DIFICULDADES DOS ENSAIOS
Para que um ensaio seja um tempo produtivo, os membros da banda devem ser pontuais e estarem prontos para trabalhar duro. Eles devem ser rápidos ao receberem instruções do líder, contribuírem com novas idéias e então tentarem novamente aquele arranjo até que todos estejam prontos. Este processo envolve muitas repetições de pequenas partes de cada música, até que todos sintam-se preparados.
Não se engane sobre este assunto, um bom ensaio significa trabalho duro. Requer que todos estejam intensamente focalizados nos objetivos e tenham um espírito de cooperação. Todos devem dedicar-se mais quando a coisa começa a dar errado. Também têm que ter paciência quando um dos membros não consegue pegar sua parte, e por isso os outros têm que repassar a mesma parte várias vezes. Isto tudo faz parte de sermos uma equipe.
AUDIÇÃO PARA NOVOS MÚSICOS
Antes de vir para a Vineyard de Anaheim, eu nunca havia organizado uma audição formal para incluir novos músicos ao ministério de louvor. As igrejas nas quais estive sempre eram pequenas o suficiente para que eu pudesse avaliar a habilidade dos músicos de maneira mais informal. Mas a Vineyard de Anaheim é tão grande que eu sabia que haviam músicos escondidos nos bancos. Por isso eu comece com as audições, para que músicos pudessem participar e preencher espaços vagos nas equipes.
No início eu relutei contra a idéia das audições, porque eu sabia que teria de dizer “não” a algumas pessoas. Mas sem as audições eu nunca teria descoberto quem eram os músicos, nem qual era o nível de habilidade deles.
Este pode ser algo delicado na vida de uma igreja, porque um de nossos valores é incluir a todos. Mas se vamos concentrar nossos melhores esforços em facilitar a adoração congregacional, significa que devemos usar os melhore músicos neste processo. (Habilidade musical não é o único critério na escolha dos músicos; um caráter trabalhado por Deus e compromisso com a visão da igreja também é muito importante.)
Uma banda de louvor é diferente de um coral no seguinte sentido: Em um coral há espaço para praticamente todas as pessoas que possam cantar razoavelmente bem. Em uma banda há poucas vagas disponíveis. Organizar bandas múltiplas inclui mais pessoas, porém alguns requisitos básicos de habilidade com o instrumento deveriam ser alcançados por todos. Este padrão pode ser diferente, dependendo do tamanho da igreja e da qualidade dos músicos disponíveis.
Quando acrescento novos membros a minha equipe, eu sempre faço com que eles passem por um período de teste. Meu primeiro passo normalmente é convidá-los para preencher a vaga de alguém que esteja viajando. (Isto pode até substituir o processo de audição). Se tenho quase certeza de que alguém tem o perfil para estar na equipe, eu não faço uma aceitação permanente. Eu explico que eu ou ele teremos a possibilidade de optar pela sua saída depois de três meses. A razão para um desligamento assim, seria incompatibilidade musical ou de personalidade, ou a impossibilidade de cumprir os compromissos da equipe (chegar na hora certa para os ensaios etc...).
O PROBLEMA QUANDO ENFATIZAMOS DEMAIS AS HABILIDADES MUSICAIS
O propósito de tocarmos com arte é elevar o nível da adoração de toda a igreja. Mas para alguns , o desenvolvimento de seus talentos musicais torna-se o alvo final, e não um meio que vai levar a um bem comum.
Eu já cometi o erro de colocar tanta energia no ensaio, que acabei ficando muito ansioso e cansado para estar sensível e poder entender a liderança do Espírito. Em uma ocasião, eu estava liderando o louvor em uma conferência de pastores. Eu ensaiei com a banda as músicas que havia escolhido até sentir que estávamos prontos para fazermos uma boa apresentação. Depois de tocarmos a primeira canção, um pensamento veio a minha mente: “Talvez você deveria fazer algo diferente do que foi planejado.”
Eu não dei atenção o suficiente para aquele pensamento, para entender se era Deus que estava falando comigo, porque eu estava determinado a usar aquelas canções que havíamos ensaiado! Naquele curto momento eu não consegui entender que Deus queria que eu abandonasse meus planos.
Agora eu realmente acredito que era Deus falando comigo, porque os pastores não estavam conseguindo se aprofundar na adoração. Eu creio que se tivesse mudado o curso das coisas, incluído as músicas mais antigas, eles teriam entrado na adoração mais facilmente.
CONCLUSÃO
A primeira e mais importante coisa é que somos líderes de louvor e não artistas. Se Deus estiver dizendo para virarmos à direita, onde tínhamos planejado virar à esquerda, deveríamos ser rápidos em responder suas ordens. Ele sabe muito melhor que nós quais são as melhores músicas para os diferentes momentos do culto.
Andy Park é o Diretor da Escola de adoração da Vineyard. Pastor de adoração e artes da Igreja Vineyard de Anaheim, e também serve como líder de louvor Sênior.
(Traduzido com permissão do V. M. Brasil por Antonio M. Souza Junior)
Vale dizer que Andy Park também é compositor de músicas famosas, como "In The Secret"